segunda-feira, 28 de julho de 2008

ENSINO E APRENDIZAGEM INOVADORA COM TECNOLOGIA

ENSINO E APRENDIZAGEM INOVADORA COM TECNOLOGIA

Vivemos numa sociedade da informação, onde todos estão reaprendendo a conhecer, a comunicar-nos, a ensinar e a aprender, a integrar o humano e o tecnológico, a integrar o individual, o grupal e o social.

As mudanças no processo educacional ocorrem lentamente, pois a escola ainda tem um grande caminho a percorrer em relação a inserção da cultura digital como prática pedagógica. A troca de saberes, de cultura, implica em uma nova forma de ler e escrever. A leitura se torna mais dinâmica através das imagens e sons, com a internet surgiram outras formas não verbais de texto, como por exemplo, os visuais e os sonoros. Essa revolução requer alunos que tenham desenvolvido o censo crítico e que possam construir o conhecimento científico.

A escrita na internet, segundo Chartier (1997), nos induz a pensar como nossa concepção de texto está sendo alterada e como tal modificação carrega desde o processo de sua criação, os vestígios dos usos e interpretações permitidos pelas formas que a precederam. Portanto, na leitura de um texto impresso, o leitor tem acesso a um todo, o qual pode ou não ser acessado de uma forma fragmentada; que, por exemplo no hipertexto esse mesmo leitor tem ao seu dispor não mais um todo fechado, mas sim possíveis caminhos de navegação e entre múltiplos textos. Nesse tipo de texto a escrita não é mais vista como um produto, mas sim como um processo de construção dinâmico e coletivo. Diminui a distância de leitor e autor e conseqüentemente do hipertexto disponibiliza que se introduzam outras linguagens que os avanços tecnológicos colocaram a nossa disposição. Porém o desenvolvimento da tecnologia digital e o uso do computador como suporte textual desencadeou um novo processo de mudança, por vezes nada confortável como é o caso da resolução atual de tela para o processo de recepção, uma vez que demanda movimentos oculares mais amplos e diminuem a velocidade de leitura. O fator brilho acentua o cansaço visual e ainda há o desconforto da posição fixa para a leitura.

Junto com esses limites o meio oferece também novos recursos que favorecem a troca de informação como as salas de bate papo, e-mails, fóruns, blogs educativos e conseqüentemente o texto passa a ser organizado em unidades menores, que podem ser acessadas de forma dinâmica e interativa através dos limites digitais.

Luís Antônio Coelho, cita Bergson como um dos primeiros autores, que falam da tecnologia como criação de capacidade cognitiva. A tecnologia, de acordo com tal autor, é como prótese que adicionamos ao nosso corpo para ampliar nossos sentidos. Os usos que ela possibilita criam novas necessidades e novas capacidades. Capacidades que permitem perceber que a escrita e a leitura trocam seus papéis constantemente, onde uma complementa a outra. Então, cabe a escola a função de formar leitores, que instigados pelo que lêem produzem sentidos, dialogam com o texto, com os intertextos, com os hipertextos e com o contexto o qual está inserido.

Um comentário:

Linux-Grupo 01 disse...

Colegas!
O texto de vocês retrata com tanta precisão o ensinar com as tecnologias, as formas de comunicação, onde buscamos novos saberes,onde vocês referenciam " Capacidades que permitem perceber que a escrita e a leitura trocam seus papéis constantemente, onde uma complementa a outra. Então, cabe a escola a função de formar leitores, que instigados pelo que lêem produzem sentidos, dialogam com o texto, com os intertextos, com os hipertextos e com o contexto o qual está inserido." O gostar de ler ou não , acredito que é algo que nasce com o ser humano, cabe ao professor canalizar este potencial sempre positivamente, através de exercícios atrativos, da pesquisa, levar o aluno a sintetizar textos, trazer assuntos atuais para sala de aula, discutir fazer relações. Gostar de ler é um ato de exercício,levar o aluno a mergulhar no texto de forma que crie imagens interpretativas do mesmo, fazendo reflexões. Só podemos gostar do que conhecemos e do que nos mostram que é bom. Os hipertextos possibilitam esta interação.
Margarete Curto Schütz
NTE-Cachoeira do Sul